Dinheiro é bom ou mau?
Publicado em: 20/02/2023
Desde que o ser humano descobriu as vantagens em se utilizar um único objeto como forma de troca por produtos e serviços, pensamentos conflitantes passaram a permear sua mente.
No passado, as pessoas tinham que carregar, por exemplo, pacotes de trigo, de um lado para outro, para trocarem por roupas, sapatos, leite ou qualquer outro item que precisasse. Era cansativo e trabalhoso. Com o passar dos anos, descobriu-se as vantagens dos metais preciosos (ou nobres), uma ideia que foi se transformando até chegar ao papel moeda utilizado nas notas de dólar, real, euro etc. que conhecemos hoje.
É inerente à vida humana, na realidade da terceira dimensão, a utilização de uma variedade de produtos e serviços que promovam bem-estar e qualidade de vida. E ficou muito mais prático adquirir qualquer coisa com a utilização de um objeto pequeno e fácil de carregar para lá e para cá. Se pensarmos na realidade atual, o dinheiro utilizado em sua forma virtual torna esse processo de troca ainda mais prático.
Observando o dinheiro puramente em sua forma original, se trata de um simples objeto que está à serviço do ser humano para realizar trocas. Empregador e empregado realizam uma troca mútua de dinheiro e serviço prestado; empresa e cliente trocam serviços e produtos utilizando o dinheiro. Portanto, o objeto em si não contém nenhuma informação nem de “bem” e nem de “mal”. Ele é o que é. Um meio de troca.
Onde inicia o julgamento de bom ou mau? Quando o ser humano olha para o objeto através da lente de seus valores (ou crenças) pessoais. Robert Kiyosaki, autor de “Pai Rico, Pai Pobre”, conta em seu livro a respeito das influências filosóficas que recebeu de seus dois pais: seu próprio pai (Pai Pobre), que tinha ideias conservadoras e limitadas sobre dinheiro; e o pai de seu amigo Mike (Pai Rico), que mesmo durante períodos difíceis, conservava em seu coração o pensamento de que tudo acontece para lhe motivar a ser rico, e sua filosofia de vida era que o dinheiro deve trabalhar para você e não o contrário. Cada um dos pais tinha sua própria forma de ver a realidade: um achava que “o amor ao dinheiro é a raiz de todo mal” e o outro achava que “a falta de dinheiro é a raiz de todo mal”. Qual ideia é a correta? Vamos analisar.
Primeiro: Amor é um sentimento elevado. Quem sente o verdadeiro Amor, não tem apego. Apego significa colocar poder nas mãos de outras pessoas ou objetos, imaginando que você não terá vida se não tiver um deles ou ambos. Logo, a ideia do Pai Pobre em dizer que “o amor ao dinheiro é a raiz de todo mal”, eu transcrevo como “o apego ao dinheiro é a raiz de todo mal”.
Quem se apega a algo ou alguém, tem medo de perder. E só perde, quem realmente não tem. Esse é um pensamento associado à escassez, que obviamente irá criar uma realidade baseada nesse princípio. É por esse motivo que vemos pessoas trapaceando, mentindo, traindo, enganando (a si mesmas e aos outros) para conseguirem mais coisas materiais. Pam Grout menciona em seu livro que uma amiga entrevistou um homem que tinha muito dinheiro e perguntou qual seria a quantidade considerada suficiente. Eis que ele responde: “Nunca temos o bastante.”
Todo mundo está tão preocupado que não há o suficiente para todos e que se não correrem para pegar o seu lugar, ficarão sem nada, que a única coisa que criam é uma sociedade apegada ao dinheiro e que coloca todo o poder nas mãos de um mero objeto, que na realidade não é bom e nem mau. É o mesmo que acontece aos amuletos. Eles só funcionam porque as pessoas acreditam que funcionam.
Nesse sentido, Pai Rico estava certo. A falta de dinheiro é a raiz de todo mal. Só que essa “falta” não existe. O ser humano, analisando a vida através da lente de seus valores pessoais, acredita que existe carência. Isso o leva a tomar decisões ridículas e cometer atrocidades em nome de uma ilusão.
É por isso que Jesus afirmou que é mais fácil um camelo passar pelo orifício de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus. Porque o ser humano está tão preocupado com a “falta” que não consegue ver as riquezas que estão diante de seus olhos. Assim como acontece hoje, as pessoas viam os “ricos” como aqueles que possuíam influência na sociedade e grandes quantias de bens e dinheiro. Ele usou o termo “rico” para descrever essa ideia. Contudo, é preciso lembrar que ter bens materiais e influência não é sinônimo de riqueza. Conheço muitos ditos “ricos” que ganham, por exemplo, cem mil reais por mês e devem um milhão.
Riqueza é você se sentir pleno e agradecido por tudo o que é e tem. No livro de J. K. Rowling, Dumbledore utiliza o Espelho de Ojesed para ensinar algo fantástico a Harry Potter. Quem olhasse para o espelho e estivesse plenamente satisfeito com quem realmente é, veria apenas a si mesmo refletido. Riqueza é simplesmente você contemplar sua Imagem Verdadeira. Bens materiais são os efeitos dessa contemplação.
Por isso, sempre digo aos meus alunos que o dinheiro é o resultado de um trabalho bem feito. Quanto mais Amor você sente pelo seu trabalho, pelas atividades que desempenha, pela sua Vida, pela família, pelos amigos etc., mais você será abençoado(a) materialmente. Quanto mais você se sente feliz, mais atrairá situações que irão lhe proporcionar felicidade. E isso inclui, obviamente, o ganho financeiro.
Voltemos à questão inicial: dinheiro é bom ou mau? Para mim, nem uma coisa, nem outra. Tudo depende de como você o enxerga. Se em sua visão de mundo, tudo é uma luta e só o mais forte sobrevive, o dinheiro assumirá uma posição maléfica e opressora. Ou você terá que se sujeitar à uma vida miserável para ter um pouco de conforto, ou sentirá o desejo de diminuir as oportunidades do próximo para seu próprio benefício.
Mas, se em sua visão de mundo, tudo está em harmonia e o mundo é um meio de evolução e aprendizado, você receberá o descanso do Reino, conforme prometido por Jesus. O dinheiro trabalhará por você, lhe trazendo experiências agradáveis. A função do dinheiro é apenas ajudar a proporcionar abrigo, roupas, sapato, alimentação adequada, acesso ao conhecimento, saúde, lazer, entre tantos outros benefícios. Ele é seu servo, e não o contrário.
A realidade a ser vivenciada depende somente dos seus pensamentos. Lembre-se disso. 😉
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Um abraço e até a próxima!
Sou Nathalie Gomes, Palestrante, Consultora, Coach Executiva, Comunicadora, Mentora, Empreendedora e Visionária. Minha maior riqueza é o conhecimento que acumulei ao longo da minha existência. Me formei em Administração e MBA Executivo em Coaching, possuo 20 anos de experiência em Empreendedorismo, Marketing, Vendas, Comunicação, Gestão de Negócios e MPEs (Micro e Pequenas Empresas). Sou especialista autodidata em psicologia comportamental, inteligência emocional/espiritual e assédio moral. Como posso ajudar no seu desenvolvimento pessoal e profissional? Entre em contato: comercial@acordeparavencer.com.br
*Foto do início do post: QuinceCreative (Pixabay.com)
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